O câncer é a segunda causa de morte na população brasileira, conforme dados oficiais dos programas de saúde pública. Visando esclarecer a população sobre os dados e as formas de evitar o aumento dos casos fatais das diversas formas da doença, a Deputada Estadual Dione Hashioka (PSDB) apresentou Projeto de Lei na sessão desta quinta-feira, 17 de fevereiro instituindo a semana de prevenção ao câncer bucal. A Deputada, que é odontóloga, propõe a realização de encontros, debates, campanhas educativas e outras atividades que visem orientar e prevenir o câncer e objetiva também ensinar a população a realizar o auto-exame, identificando a enfermidade ainda no início. Dione Hashioka lembrou, em sua justificativa, que são mais de 100 tipos de doenças, incluindo tumores malignos de diferentes localizações que podem ser localizados na boca, em parte da garganta, nos lábios, língua, céu da boca, gengiva, amígdala e glândulas salivares. A Semana Estadual de prevenção ao Câncer Bucal será realizada anualmente na segunda semana do mês de novembro. Para isso, o Poder Executivo fica responsável pela celebração de convênios com as entidades organizadas na sociedade civil interessadas em participar das atividades. A Lei deverá ser anexada ao Calendário Oficial de Eventos do Estado. “Podemos dizer que a prevenção e o controle do câncer, são um dos maiores desafios científicos e da saúde pública”, disse a Deputada lembrando da responsabilidade dos profissionais da saúde bucal em fazer uma análise do problema e oferecer subsídios para que o paciente descubra o tumor e tenha acesso ao tratamento. “Sabemos que, não só o bucal, mas também o câncer de uma maneira geral é o segundo maior causador de mortes no País e essa é uma grande preocupação e um incentivo para promovermos ações como esta de conscientização e divulgação de medidas através de políticas sociais que ajudam a reduzir os riscos de doenças malígnas e de outros agravos”, concluiu a Deputada em entrevista à imprensa. Segundo estimativas publicadas pelo INCA, em Mato Grosso do Sul são cerca de 110 novos casos para cada grupo de 100 mil pessoas. O Projeto fala também da necessidade da realização periódica de um auto-exame da boca para diagnosticar quaisquer anormalidades, observando-se se não há mudança de coloração, áreas irritadas debaixo de próteses (dentaduras, pontes móveis), feridas que não cicatrizam em uma semana, dentes fraturados ou amolecidos, caroços ou endurecimento. Dione Hashioka lembra que a visita, de preferência semestral e no máximo anual ao dentista não deve ser esquecida. A justificativa do Projeto lembra que, se o diagnóstico do câncer for tardio, o prognóstico é desfavorável e exige tratamentos mutilantes, paliativos e dispendiosos para as unidades hospitalares e planos de assistência médico-odontológicos. 80% dos casos de câncer de boca, se for diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, têm cura.
