Tema
foi alvo de exaustiva discussão durante audiência pública na
Assembleia Legislativa
Encontrar
um método consensual visando à solução para conter a violência
doméstica contra a mulher foi alvo de exaustivas discussões durante
audiência pública ocorrida na tarde desta quinta-feira (7) na
Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
A
audiência “Onde há violência, perde-se o respeito" reuniu,
além de autoridades e especialistas diretamente ligadas a causa
feminina, uma plateia que lotou as galerias da Assembleia, incluindo
estudantes e lideranças comunitárias.
TOLERÂNCIA
ZERO
Para a
deputada Dione Hashioka, também propositora do evento, a sociedade
tem consciência que esta é uma luta de todas as mulheres e também
da humanidade. “É contra todos estes tipos de violência que temos
lutado, pois sabemos que mais do que cobrar o cumprimento da lei,
precisamos reforçar a autonomia das mulheres, reivindicando assim,
para cada uma delas, uma atitude digna e cidadã diante da vida. A
mulher tem um papel fundamental na estrutura familiar e, por
reconhecer isto, queremos na verdade, fazer parte de um processo em
que os governos e a própria sociedade se unam para que haja
tolerância zero com todas as formas de violência contra a mulher”,
cobrou Dione Hashioka.
O
psicólogo Ângelo Motti disse que é muito comum que as mulheres
reproduzam a cultura machista ao criar seus filhos, no entanto,
segundo ele, se isso é cultural não é natural.
“É
preciso que se use algo como ferramenta de mudança de atitude. Se de
um lado tem legislação avançada, por outro, a prática é o avesso
disso, então é preciso trabalhar para que se implante uma cultura
que supere isso. Também é preciso acabar com a mulher vítima, é
um desafio muito grande, mas é importante”, frisou.
Entre
outras autoridades, participaram do evento as vereadoras Luiza
Ribeiro (PPS) e Carla Stephanini (PMDB), o desembargador Ruy Celso
Florence, a delegada Marília de Brito Martins, da Delegacia
Especializada de Atendimento à Mulher; a pastora Giseli Oliveira de
Loyola, do Tamar, que é um Grupo de Apoio da 4ª Igreja
Presbiteriana; Magali Rodrigues, do Esquadrão da Vida; Jozeli
Chulli, Subsecretaria de Projetos e Politicas Publicas para Mulher
na Prefeitura de Nova Andradina,
e Eliane Alcova, do Conselho Estadual dos Direitos da
Mulher.
Willams
Araújo