sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Autoridades buscam métodos educativos para conter violência contra a mulher


Tema foi alvo de exaustiva discussão durante audiência pública na Assembleia Legislativa
Encontrar um método consensual visando à solução para conter a violência doméstica contra a mulher foi alvo de exaustivas discussões durante audiência pública ocorrida na tarde desta quinta-feira (7) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
A audiência “Onde há violência, perde-se o respeito" reuniu, além de autoridades e especialistas diretamente ligadas a causa feminina, uma plateia que lotou as galerias da Assembleia, incluindo estudantes e lideranças comunitárias.
TOLERÂNCIA ZERO
Para a deputada Dione Hashioka, também propositora do evento, a sociedade tem consciência que esta é uma luta de todas as mulheres e também da humanidade. “É contra todos estes tipos de violência que temos lutado, pois sabemos que mais do que cobrar o cumprimento da lei, precisamos reforçar a autonomia das mulheres, reivindicando assim, para cada uma delas, uma atitude digna e cidadã diante da vida. A mulher tem um papel fundamental na estrutura familiar e, por reconhecer isto, queremos na verdade, fazer parte de um processo em que os governos e a própria sociedade se unam para que haja tolerância zero com todas as formas de violência contra a mulher”, cobrou Dione Hashioka.

O psicólogo Ângelo Motti disse que é muito comum que as mulheres reproduzam a cultura machista ao criar seus filhos, no entanto, segundo ele, se isso é cultural não é natural.
“É preciso que se use algo como ferramenta de mudança de atitude. Se de um lado tem legislação avançada, por outro, a prática é o avesso disso, então é preciso trabalhar para que se implante uma cultura que supere isso. Também é preciso acabar com a mulher vítima, é um desafio muito grande, mas é importante”, frisou.
Entre outras autoridades, participaram do evento as vereadoras Luiza Ribeiro (PPS) e Carla Stephanini (PMDB), o desembargador Ruy Celso Florence, a delegada Marília de Brito Martins, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher; a pastora Giseli Oliveira de Loyola, do Tamar, que é um Grupo de Apoio da 4ª Igreja Presbiteriana; Magali Rodrigues, do Esquadrão da Vida; Jozeli Chulli, Subsecretaria de Projetos e Politicas Publicas para Mulher na Prefeitura de Nova Andradina, e Eliane Alcova, do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher.
 
Willams Araújo