Com
o nono maior Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do Sul, Nova Andradina
integra a lista dos municípios que mais crescem no Estado. O potencial
econômico foi destaque durante entrevista do prefeito Roberto Hashioka (PMDB)
concedida à série especial da TV Morena na manhã desta terça-feira (15).
Entre
os assuntos frisados na conversa estiveram a localização estratégica e a
retomada da receita. Segundo o prefeito, o município que faz fronteira com São
Paulo e Paraná é bem localizado geograficamente e integra um "centro
geométrico" dos pólos Ponta Porã, Dourados, Maringá (PR) e Presidente Prudente
(SP).
Já
em relação aos investimentos e empregabilidade em Nova Andradina, o capítulo
Frigorífico Independência foi retomado. Com o fechamento da indústria que
comportava boa parte da mão-de-obra local em 2009 e a reabertura da planta da
mesma pelo grupo JBS, a população passa por um processo de recuperação da
recente crise.
Os
novos mais de 1.000 empregos reanimam a cidade, mas ainda não são suficientes para
minimizar a demanda em outros setores. Com grandes indústrias -- a Energética
Santa Helena também foi salientada em entrevista --, qualificação e estrutura
devem acompanhar o processo apontado como migratório pelo chefe do Executivo.
"Tem
vagas sobrando. Muitas famílias novas estão vindo, outras estão retornando para
trabalhar nessas unidades industriais e a preocupação nossa agora é, como
gestor, a questão da saúde, da educação. Estar fortalecendo Nova Andradina como
pólo regional de saúde e pólo regional de educação", descreveu Hashioka.
Sob
o mesmo contexto, o Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba foi citado.
Conforme o prefeito, a unidade atende a outros seis municípios do Vale do
Ivinhema e deve receber mais investimentos. "Logicamente que tem muito por se
fazer ainda. Por exemplo, o Ministério da Saúde disponibilizou agora, através
dos repasses da saúde, do senador Antônio Russo (PR), que representa nossa
região, recursos para a implantação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para
a construção de um centro de imagens", disse o gestor que complementou
reforçando o atendimento na rede básica.
O
tempo passou
No
início do terceiro mandato, o questionamento prioridade não escapou à
entrevista. Em tom analítico, o prefeito reconheceu que a realidade mudou.
"Temos que encontrar os caminhos. O tempo passou, as pessoas não se preocupam
mais só com algumas coisas. Isso de "ah, eu quero eu uma rua pavimentada", já
não é novidade. É uma demanda natural", pontuou o representante.
Para Hashioka, as necessidades estão mais complexas. "Como eu já disse, não só
a questão da saúde, mas a educação também. Nova Andradina hoje conta com três
universidades públicas, é uma das poucas do Estado que têm a Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul (UEM), a federal (UFMS) e o Instituto
Tecnológico Federal (IFMS), tudo isso gera concorrência", analisou Hashioka.
"A
própria competitividade que existe entre os municípios na atração de
indústrias, geração de empregos, fortalecimento da economia exige novos
projetos, novas ideias", completou o prefeito.
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