A
segunda vice-presidente da assembleia Legislativa deputada Dione
Hashioka, presidente da Comissão de Saúde e Seguridade, participou
na tarde desta quinta-feira, 09 de maio, de audiência pública
promovida no Parlamento Estadual par discutir a “Terceirização
dos Serviços de Saúde no Estado do Mato Grosso do Sul”.
Os resultados da operação “Sangue Frio”, deflagrada pela PF (Policia Federal) em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União) e MPE (Ministério Público Estadual) e que desvendou uma série de irregularidades na gestão do Hospital do Câncer e do Hospital Universitário, como a realização de sessões de quimioterapia em pacientes mortos, prescrição de dosagem reduzida ou apenas soro para economizar medicamentos, além da cobrança superfaturada na tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) e fechamento do setor de oncologia em hospital público para beneficiar clínicas particulares, motivaram a realização da audiência.
Para levantar os problemas e buscar soluções estiveram presentes representantes dos conselhos estadual e municipal de saúde, associações e demais entidades ligadas ao setor, tanto privadas quanto governamentais, além de representantes do Hospital do Câncer, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública, secretarias estadual e municipal de Saúde, da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul) e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), bem como parlamentares. A população em geral também contribuiu para a ampliação do debate.
A deputada Dione Hashioka, que apoiou a realização da audiência pública, lembrou que todos os deputados estão atentos aos problemas sociais do Estado e que as discussões sobre saúde vão continuar porque uma só audiência não será suficiente para chegar a um saldo positivo para um sistema de saúde que há muitos anos precisa ser corrigido. Dione Hashioka afirmou que a Comissão de Saúde está à disposição e vai ajudar nos trabalhos para que a saúde de nosso Estado esteja à contento da população sul-mato-grossense.
Convidada
para palestrar durante a audiência, a promotora de Justiça Paula
Volp, que participou diretamente das investigações que desvendaram
o esquema de desvio de verbas públicas da Saúde envolvendo os
Hospitais do Câncer e Universitário, revelou que os trabalhos do
Ministério Público continuam. Ela afirmou que não pode falar sobre
as investigações e que precisam manter tudo em sigilo. Lembrou que,
além dos hospitais do Câncer e Universitário estão investigando
também, outras instituições que oferecem o serviço de saúde
pública.
Como resultado da audiência pública, foi elaborado um documento com a proposta para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que será apresentado na sessão da próxima terça-feira (14/5).