“Dona Ada, como é conhecida, literalmente faz uso
da escrita, dando forma a seus textos. Eu
tenho o privilégio de acompanhar e contar com os seus conhecimentos
e amizade”, disse Dione Hashioka que laureou também a juíza da 3ª
Vara Cível da Comarca de Nova Andradina, Jaqueline
Machado.
“O brilhante
trabalho jurídico que desenvolve já merece nosso reconhecimento,
mas, ela entregou-se à muitas outras ações que deixam sobressair
sua garra e audácia. Entrega-se à luta pelos direitos da mulher,
pela ampliação das políticas públicas para a Mulher, para a
Família, contra a violência doméstica constante. Um
dos exemplos é o trabalho em defesa da infância e juventude com a
implantação do Projeto Padrinho e do Projeto Adotar, levando a
alegria para dezenas de pessoas carentes de Nova Andradina”,
enfatizou.
Dione
Hashioka afirmou que, “em
busca da valorização e da igualdade precisamos que os homens também
se engajem na defesa das políticas públicas para as mulheres. Que
abram suas defesas, não apenas aplaudindo o que fazemos ou apoiando
oralmente as ações em defesa da Mulher,
mas fazendo acontecer, ampliando estas ações e aceitando que a
mulher, com a sensibilidade peculiar possa auxiliar muito mais do que
apenas coadjuvar”.
Falando pelas homenageadas, a juíza
Jaqueline Machado, destacou a violência doméstica como o maior
desafio a ser enfrentado pelas mulheres, principalmente no que diz
respeito ao encorajamento das vítimas em denunciar. “Houve uma
progressão da mulher em relação as medidas protetivas, porém ela
precisa de atitude e saber que ela tem seus direitos e exigir isso”,
afirmou. Para a juíza, apesar do advento da Lei Maria da Penha e dos
avanços que a legislação possibilitou, é necessário maior
empenho das autoridades públicas e jurídicas para cumprir o real
papel da Lei. “As vezes o que está no papel, não podemos colocar
em prática pela falta de estrutura. Então, é preciso aumentar
equipes técnicas com mais psicólogos, assistentes sociais, além de
aumentar o número de delegacias e estruturá-la”, completou.
ALMS